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O Pastor Não Me Cumprimenta

  • Foto do escritor: Pr. Marcelo Ramiro
    Pr. Marcelo Ramiro
  • 11 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Entre os muitos desafios que os pastores enfrentam, um dos mais recorrentes é a percepção de que não estão suficientemente presentes. Há quem reclame a plenos pulmões: “O pastor não me cumprimenta.” Essa queixa, expressa com frustração por muitos fiéis, coloca em evidência não apenas a necessidade de uma reflexão profunda sobre a dinâmica entre pastores e suas comunidades, mas também a complexidade de suas responsabilidades pastorais. Quando alguém se sente ignorado ou negligenciado pelo seu líder espiritual, isso pode gerar um profundo sentimento de desconexão e desânimo na jornada de fé.


No entanto, é crucial que examinemos essa questão com uma dose extra de compreensão e empatia. Os pastores, embora chamados a serem exemplos de amor e serviço, são seres humanos sujeitos às mesmas limitações e desafios que todos enfrentam. Não são super-heróis imunes à fadiga ou ao peso das responsabilidades. Muitas vezes, estão sobrecarregados com uma carga emocional e espiritual que mal podemos imaginar.

 

É importante ressaltar que, ao discutirmos essa questão, não estamos nos referindo aos chamados 'pastores estrelas', cujo foco muitas vezes está mais na imagem pública do que no cuidado pastoral. Estamos falando dos pastores de igrejas locais, que dia após dia dedicam suas vidas ao serviço despretensioso e muitas vezes invisível às suas congregações. Esses são os pastores que conhecem cada ovelha pelo nome, que compartilham suas alegrias e tristezas, e que trabalham incansavelmente nos bastidores para nutrir a fé e o crescimento espiritual de suas comunidades.

Devemos considerar que a ausência de um cumprimento pode não ser intencional. Pastores, assim como qualquer ser humano, têm suas limitações e enfrentam desafios diários. Tantas vezes, estão sobrecarregados com responsabilidades que vão muito além do púlpito.

É fundamental reconhecer que o pastor não possui onipresença ou onisciência. Ele pode simplesmente não ter visto você, ou estar com a mente ocupada em outra preocupação pastoral ou pessoal.

 

Expectativas Irreais

Além disso, é crucial entendermos que o pastor não pode suprir todas as expectativas da congregação. Esperar que ele esteja sempre disponível e atento a cada detalhe da vida de cada membro é uma expectativa irreal e injusta. A Bíblia nos ensina a sermos compreensivos e a não julgarmos precipitadamente: "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mateus 7:1). O papel do pastor é guiar espiritualmente a comunidade, mas ele também precisa do apoio e compreensão de sua congregação. Como corpo de Cristo, devemos trabalhar juntos para aliviar o fardo que recai sobre a liderança.

 

Estagnação Espiritual

Outra reflexão importante é sobre o crescimento na fé. Muitos cristãos permanecem estagnados, cobrando comportamentos dos outros sem olhar para suas próprias atitudes. Querem ser visitados, mas nunca visitam ninguém. Querem ser cumprimentados, mas não cumprimentam ninguém. Essa mentalidade de receber sem dar é prejudicial ao crescimento espiritual e à comunidade como um todo. Jesus nos chama a uma vida de serviço e amor ao próximo: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mateus 22:39). Isso inclui tomar a iniciativa, mostrando o amor de Cristo em nossas ações diárias.

 

Vivemos em uma era onde muitos crentes são facilmente ofendidos e se tornam melindrosos. Depositar todas as expectativas e frustrações no pastor é uma forma de desviar a responsabilidade que todos nós temos como membros do corpo de Cristo. A Igreja é um organismo vivo e cada parte deve funcionar em harmonia, ajudando-se mutuamente. Paulo nos lembra em 1 Coríntios 12:12-14 que, assim como o corpo é um e tem muitos membros, assim também é Cristo. Se queremos uma comunidade saudável e vibrante, precisamos nos esforçar para ser partes ativas e contribuintes desse corpo.

Se o pastor não o cumprimentar, vá até ele e cumprimente-o. Aproxime-se, mostre interesse e compreenda que ele também precisa do apoio e carinho da congregação. Em vez de alimentar ressentimentos, sejamos proativos em criar uma atmosfera de acolhimento e amor.

A maturidade espiritual exige que tomemos responsabilidade por nossas próprias ações e atitudes. Lembremo-nos de que pastores são pessoas normais, com necessidades e limitações, que dedicam suas vidas a servir a Deus e à igreja.

 

Uma comunidade acolhedora

Que possamos refletir sobre nossa postura dentro da igreja e buscar ser mais compreensivos e proativos. Em vez de nos deixarmos levar por sentimentos de exclusão, vamos trabalhar juntos para criar uma comunidade acolhedora e cheia de amor, seguindo o exemplo de Cristo. Que cada um de nós possa crescer na fé, amadurecer espiritualmente e apoiar nossos líderes com carinho e respeito.

 

Que Deus abençoe a todos nós e nos conceda um coração mais compreensivo e amoroso. Que possamos, juntos, construir uma igreja onde todos se sintam vistos, amados e valorizados, lembrando sempre que o amor ao próximo é a maior expressão de nossa fé.

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